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Menos nascimentos e infertilidade são causados ​​pela poluição química?

Imagine se os suspeitos de um crime são um pequeno círculo e se, depois 2 ou 3 horas, você os tiver espremido em interrogatórios e inspeções exaustivas sobre cada acontecimento de suas vidas e mesmo assim você não encontra provas contundentes. Provavelmente você, ou inventa alguma acusação, ou força alguma testemunho, caso contrário, a investigação corre o risco de terminar em nada.

E aí você teria que começar tudo de novo, ir em busca do verdadeiro culpado sabe-se lá onde, porque certamente ele não está entre os suspeitos.

Quem é o culpado da redução progressiva dos nascimentos na Europa?
Micróbios, defeitos genéticos ou poluição química?

Esterilidade dobra em 20 anos e pênis mais curto, o que acontece com os homens?

Nossa sociedade parece incapaz de se reproduzir mais. Em nosso país, por exemplo, a infertilidade masculina dobrou em 20 anos. Na verdade, na Itália, em 50 anos, perdemos 50% dos nascimentos. Os demógrafos nos lembram todos os anos que o número de mortes excede o de nascimentos. Se continuarmos assim, com 1,3 filhos em média por mulher, estaremos fadados a ver 60% dos jovens desaparecerem em três gerações.

[...] As causas da feminização do homem e, consequentemente, da capacidade reprodutiva cada vez mais pobre se devem à disseminação de substâncias químicas presentes nos objetos do cotidiano que estão interferindo em nosso sistema hormonal.

Fonte: La Stampa

O acusado a ser enquadrado desta vez, como quase sempre acontece em nossa época, parece ser a química.

Não sei se existem sociólogos, psicólogos, pesquisadores das ciências humanas que estão investigando o assunto em seus próprios campos, mas é evidente que hoje o reducionismo molecular domina os recursos da pesquisa científica.

Se existe alguma correlação entre as concentrações de certas moléculas e a queda da natalidade / diagnóstico de infertilidade, certamente não é suficiente para relegar para segundo plano as inúmeras variáveis ​​sociais que podem influenciar neste fenômeno.

O EQUILÍBRIO HORMONAL CONTROLA O COMPORTAMENTO SEXUAL E A FERTILIDADE

Mas, à luz das 5 Leis Biológicas, a suspeita de que a química pode ter um papel marginal torna-se ainda mais forte.

Sabemos muito bem, de fato, que as áreas cerebrais do córtex perinsular influenciam profundamente o equilíbrio hormonal. Áreas que, especificamente, controlam os tecidos que reagem aos acontecimentos relativos aos papéis sociais, à gestão do "território", às relações sexuais.

Mudanças cerebrais que podem tornar homens e mulheres estéreis - sensatamente - (amenorréia).

Equilíbrios hormonais que podem virilizar a mulher e feminizar o homem, de acordo com as necessidades exigidas pelas circunstâncias.

Porém, levando esse fenômeno ao extremo e com um absurdo, se a inversão hormonal de papéis fosse totalmente realizada (ou seja, homens totalmente femininos e mulheres viris), o processo também não traria consigo a inversão das funções procriativas que, de boa vontade ou contra sua vontade, morreriam no ventre de uma mulher virilizada e não mais fértil.

É exatamente por isso que a natureza "inventou" as mulheres canhotas para salvaguardar a espécie. Mas essa é outra história.

O CONDICIONAMENTO SOCIAL NO BALANÇO HORMONAL

Por outro lado, não há dúvida de que as condições sociais nos últimos 50 anos foram distorcidas, caracterizadas por uma profunda infiltração do individualismo e uma virtualização imparável das relações humanas; não há dúvida de que os papéis, tanto na família quanto no trabalho, foram reconfigurados de diferentes formas; também não há dúvida de que as civilizações "evoluídas" tendem para a condição ideal de igualdade de oportunidades, o que, como garantia, facilita o nivelamento das diferenças entre homens e mulheres.

Sobre o tema da "modernização" das sociedades avançadas, é exemplar o provocativo documentário A teoria sueca do amor, que retrata os aspectos mais desoladores e alienantes da sociedade sueca, nos quais toda a civilização ocidental só pode refletir com preocupação.

Além desse processo histórico, existe também uma condição econômico-social européia bastante opressora que, mesmo permanecendo em teoria pura, é bastante plausível que tenha pelo menos 2 efeitos:

- a influência no equilíbrio hormonal dos indivíduos, ao quebrar os hormônios masculinos (com a ativação das áreas do córtex perinsular direito)
- uma precariedade generalizada nos "ninhos" (isto é, nos núcleos familiares), com base na qual a biologia não encontra condições adequadas para a procriação.

Inúmeras outras considerações poderiam ser feitas que valeria a pena estudar e pesquisar.

Por exemplo, no avanço tecnológico do diagnóstico que, como costuma acontecer, traria consigo um aumento natural do diagnóstico e sobrediagnóstico da infertilidade masculina.

UMA ABORDAGEM REDUCIONISTA GENERALIZADA

Em contraste com as notícias, o reducionismo do qual também estamos um pouco acostumados, o que nos deixa com um sentimento de superficialidade inaceitável muito semelhante ao que, há alguns meses, era aparente na infeliz campanha do Ministério da Saúde.

Você se lembra? Dia da Fertilidade, que teve a audácia de atribuir a queda na taxa de natalidade na Itália a uma "preguiça" insinuante e surreal das mulheres…

Sério? Mas não é a poluição? Uma abordagem dos fenômenos completamente homóloga a esse reducionismo químico em direção a "doenças" que criticamos duramente a partir destas páginas.

Não quero tirar conclusões infundadas, mas quero simplesmente chamar a atenção para o fato de que as leis biológicas não podem justificar fenômenos sociais quando não são descartadas e verificadas em um nível perceptivo individual... no entanto, eles podem abrir novos e extraordinários horizontes para todos os pesquisadores de boa vontade que se sintam prontos para aceitar o desafio.




Equipe de tradução e direção

5 Leis Biológicas Brasil

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