Intuição como o motor principal da nova ciência
Neste site falamos de Nova Medicina, mas a verdade é que as 5 Leis Biológicas são apenas uma das muitas peças que no início deste milênio estão construindo os alicerces de uma Nova Ciência.
A ciência galileana que conhecemos está ainda em uma fase primordial, digamos, em sua infância.
Galileu transformou a forma como acessamos o conhecimento, encorajando as pessoas a observar o mundo como ele é, com seus sentidos, com seus olhos através do telescópio, comparando observações objetivas para experimentar o que é verdadeiro e o que não é.
O PONTO CEGO DA CIÊNCIA
Nesta era, somos chamados a ir muito mais fundo no acesso à experiência, para adquirir informações e dados muito mais sutis.
Para isso, é necessário dar um salto quântico, é preciso dizer, com outro tipo de "telescópio" que nos permita ver aquele canto de observação que sempre foi cego: o próprio observador que realiza a experiência científica.
Chegou o momento de envolver o ser humano em primeira pessoa.
Embora seja prática comum das ciências sociais pedir emprestado métodos às ciências naturais, hoje estamos adquirindo métodos de pesquisa com base na consciência que integram o ponto cego "primeira pessoa" com a observação objetiva de fenômenos hoje chamados estritamente científicos de "terceira pessoa".
A nova ciência não observa mais apenas os dados (dados cada vez maiores) e nem mesmo como estes dados se relacionam, mas coloca o foco na fonte e de qual estado subjetivo interior os dados emergem.
Esta reviravolta para o interior é a porta de entrada para a consciência coletiva e o pensamento que é exigido por uma ciência que está se tornando sistêmica.
As 5 Leis Biológicas são uma peça desta transição de época, um traço de união entre os dois mundos, e devem ser tratadas de acordo.
No Laboratório de Presença temos trabalhado muito para acompanhar e facilitar este salto de consciência, desenvolvendo ferramentas cujos frutos veremos cada vez mais e mais.
Não pense que estas são nossas divagações, pois este é um ramo da pesquisa acadêmica que está bem desenvolvido, mas ainda pouco compreendido.
Esta metamorfose da ciência não é menos revolucionária do que a dos dias de Galileu, e a resistência que ela encontra hoje não é menos rígida do que a oposição que a Igreja Católica ofereceu.
Na crescente aceleração cíclica que todos nós podemos experimentar nesta era, a pesquisa não só se beneficiará da integração do ponto cego, mas, como ela mesma é trabalhosa, será obrigada a integrá-la a fim de não perder ritmo.
APOLOGIA DA INTUIÇÃO
Será necessário voltar do "pensamento calculista" para o "pensamento pensante" do qual Heidegger se fez testemunha:
"O cálculo não permite que nada além do numerável surja. Tudo é apenas o que 'conta' ".
Post scriptum, O que é Metafísica? M.Heidegger
O pensamento de uma ciência do cálculo racional reduz o conhecimento ao resultado de um cálculo técnico aplicado a entidades que devem ser necessariamente mensuráveis, acessando assim apenas o mundo "contável".
Se considerarmos a intuição como um dos ingredientes da ciência na primeira pessoa, nesta era reconhecemos que estamos na frente diametralmente oposta:
"A mente intuitiva é um dom sagrado e a mente racional é um servo fiel". Criamos uma sociedade que honra o servo e se esqueceu do dom". (frase atribuída a Einstein)
As 5 Leis Biológicas são, antes de mais nada, um conhecimento voltado para a esfera não mensurável do ser humano, a psique. E, como a grande maioria das descobertas científicas, são baseadas em uma intuição brilhante, que com o tempo será mais ou menos confirmada pelas observações.
TABELA PERIÓDICA DE MENDELEEV
Uma obra de intuição que transformou radicalmente nossa compreensão do cosmos.
Na verdade, foi o profundo conhecimento de Mendeleev sobre música e sua estreita amizade com os maiores compositores russos do século XIX (Borodin, Rimsky-Korsakov, Mussorgski, Balakirev) que lhe permitiu conceber e projetar a Tabela Periódica.
O ponto de partida de Mendeleev é primorosamente harmônico, pois se baseia nas regras de composição dos elementos (notas) para formar acordes (compostos) "consonantes".*
Seguindo sua própria intuição dedutiva, o músico químico desenhou uma tabela que é a referência da química há 150 anos.
Confiando em sua intuição, a tabela continha inúmeros espaços incompletos e vazios que, ele mesmo acreditava, seriam preenchidos no tempo pela descoberta de novos elementos, após sua morte. E assim foi.
Mas ele não fez tudo sozinho: antes dele outros tinham semeado as sementes dessa intuição: Newlands com a "lei das oitavas"; Döbereiner, cuja proposta foi recebida com ceticismo, ridicularizada por alguns e, no final, rejeitada; o geólogo francês Alexandre-Émile Béguyer de Chancourtois, cuja classificação, representada por um gráfico em espiral desenhado na superfície de um cilindro, passou despercebida.
Essas classificações, no entanto, continham o germe do critério de ordenação que mais tarde provaria ser o critério correto e, de fato, muitos anos depois, quando a Tabela Periódica de Mendeleev foi universalmente aceita, os trabalhos do geólogo francês e do químico inglês foram oficialmente reconhecidos.*
Não vou fazer uma justaposição entre a Tabela Periódica de Mendeleev e a Tabela Científica de Hamer.... Não vou fazer isso, mas na verdade já fiz.
A contribuição dos estudiosos da psicossomática antes de Hamer lhe permitiu avançar com sua própria intuição: as 5 Leis Biológicas, acompanhadas por aquela obra monumental que é a Tabela Científica da GNM.
Suas observações experimentais não são suficientes para verificar e "preencher os quadrinhos", pois esta é a tarefa daqueles que virão depois dele.
Não podemos saber tudo de imediato, a ciência é um processo histórico:
Nestes tempos de experimentos extremos sob as mesmas condições do Big Bang, em que por um lado parece que nada pode ser descoberto a menos que se conheça a lista completa dos atores envolvidos em um determinado fenômeno, e por outro lado, a elaboração teórica parece ser capaz de ocorrer apenas como consequência de um esforço colossal de meios, dinheiro e pessoal, a história da Tabela Periódica de Elementos desempenha um papel muito importante: nos traz de volta à necessidade da busca da beleza pela alma criativa do cientista individual, como algo que permite um verdadeiro avanço, sem esperar "já saber tudo" para se aventurar na descoberta.
Em resumo, a Tabela Periódica nos traz de volta à importância da imaginação (e talvez menos dos fundos de pesquisa) como o principal motor da ciência.*
*As citações em itálico são de nosso amigo e pesquisador Alessandro Giuliani, extraídas de seu artigo aprofundado sobre a história da Tabela Periódica.