Aqueles que começaram há algum tempo a "digerir" as 5 Leis Biológicas e a colocá-las em prática com uma verificação constante, terão sido capazes de perceber a validade científica desta ferramenta de diagnóstico e terão sido capazes de apreciar seus benefícios imediatos em comparação com o medo que é desencadeado pelos diagnósticos nocivos.

À medida que nos aprofundamos cada vez mais no uso desta ferramenta para observar os sensíveis processos biológicos da natureza, descobrimos muito mais e podemos captar mensagens úteis que nosso corpo nos envia.

Podemos alcançar um conhecimento íntimo de nós mesmos e dos outros, e do comportamento do ser humano/animal de maneira geral, que muitas vezes é julgado com base em critérios que têm pouco ou nada a ver com uma compreensão profunda das motivações das quais ele se origina.

Tentando entrar no delicado mundo do relacionamento do casal, veremos como esta ferramenta pode nos ajudar.

Uma pequena premissa antes de fazer alguns exemplos: graças ao conhecimento das Constelações Cerebrais, podemos entender exatamente quais relés do cérebro foram ativados ao mesmo tempo e em relação a quais sentimentos emocionais, de modo a justificar certos mecanismos comportamentais que têm como objetivo a sobrevivência, a proteção de si mesmo ou de seus entes queridos (o rebanho).

Diante disto, vamos observar uma situação dentro de uma relação: tomemos o exemplo de um homem que tende a se comportar de forma presunçosa, não disposto a escutar, sobretudo, digamos um pouco "megalomaníaco"; e, por outro lado, uma mulher que está frequentemente zangada e violenta, com a tendência de "levantar as mãos" e atirar coisas. Bem, uma imagem agradável e serena!

Agora vamos tentar sair do julgamento que começa automaticamente e inserir tudo isso em uma análise biológica, mudando a perspectiva e nos perguntando que mecanismos de sobrevivência ambos os indivíduos estão adotando inconscientemente.

O homem aprendeu em sua vida a comportar-se como um megalomaníaco (pesquisar sobre as constelações cerebrais da substância branca) "cortando" a todos, porque experimentou quando criança uma profunda sensação de inadequação, sofreu muito ao sentir-se "não estar apto" para receber o amor da mãe e/ou do pai: esta sensação de exclusão para um "cachorro" vai tocar a sobrevivência, então para não morrer ele deve se levantar das cinzas como uma Fênix e tornar-se melhor do que todos para ser amado e visto!

A mulher, para ativar esse comportamento (ver a constelação agressiva/compulsiva do córtex cerebral), percebeu ao mesmo tempo a sensação de não conhecer seu lugar naquele território ("sou ou não sou sua mulher?" - identidade) e a sensação de ter que se submeter injustamente, sentindo um rancor indigesto*: inclusive essas ativações são lembretes que o cérebro faz quando reconhece algo semelhante já experimentado no passado, como uma criança, no relacionamento com seus pais.

* para a destra, a canhota sente "identidade não reconhecida" *

Nesse sentido, essas reações de raiva imparável são compreensíveis, pois têm o significado preciso de querer recuperar seu lugar dentro da relação (rebanho), compensando a injustiça sofrida!

A isto se acrescenta o fato de que cada indivíduo considera absolutamente verdadeiro o que percebe e a percepção é um processo sensorial, portanto subjetivo, de interpretação da realidade.

Podemos agora fazer algumas reflexões graças aos elementos que o conhecimento das Leis Biológicas nos oferece: a primeira pergunta que surge é como podemos julgar qualquer comportamento, se é verdade que ele é impulsionado por mecanismos biológicos de sobrevivência?

Além disso: as pessoas estão conscientes ou são vítimas de respostas automáticas fixadas no tempo a um nível inconsciente?

Assim, partindo destas premissas, ou seja, tendo passado a observar a situação de outra perspectiva, a percepção do que está acontecendo no relacionamento do casal muda por completo e poderia ser justamente esta compreensão o novo ponto a partir do qual começamos a ENCONTRAR E SE CONECTAR uns aos outros… primeiro de tudo pessoalmente e depois no relacionamento com o outro!

Autor: Fabrizio Aliotta