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Um momento...
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“As gaiolas são os lugares onde as certezas moram, e o medo de ser livre provoca o orgulho em ser escravo” - Dostoiévski

Será que estamos considerando todos os efeitos à nossa saúde em relação às medidas que estamos tomando?


Vejo tanta discrepância de informações, números conflitantes, estudos inconclusivos sobre grande parte das “medidas preventivas” em vigor, baixíssima evidência sobre os fatos e mais ainda as afirmações de suas correlações que não são verificáveis cientificamente (que vírus é esse que até agora não isolaram sua cadeia longa de material genético e sim só uma pequena parte, isso se transmite ou temos essa banda genética, o que os testes detectam e sua enorme margem de erro, a falta de estudos controle), confusão entre correlação e causa, relatos antagônicos de colegas “na linha de frente”... E por isso me pergunto o tempo todo: estamos debatendo e analisando todas as variáveis e incertezas antes de tomarmos decisões tão impactantes?

Antes que apontem o dedo para mim, me enquadrando politicamente num dos extremos que é o Fla x Flu político desse país, esclareço que meus argumentos nada têm a ver com isso. São fundamentos que estudo há mais de uma década, bem antes de sequer pensarmos em pandemia.

O que sempre busquei como profissional de saúde é a relação saúde e vida, mais do que a relação doença e sobrevivência, embora seja a segunda a que mais se estuda, se debate, se pensa. Conforme dizia Dr. Still, pai da Osteopatia, “encontrar a saúde deveria ser o objetivo do profissional de saúde, afinal qualquer um é capaz de encontrar a doença”.

Por isso, sempre me intriga essa relação, de nós, profissionais de saúde, sermos procurados para “resolver um problema”, seja uma queixa ou doença. Como se nossos consultórios fossem oficinas de carro e nós os mecânicos. Porém, todo potencial de cura, toda capacidade regenerativa, capacidade vital, saúde, está na pessoa, em seu corpomente (assim mesmo, juntinho), que nos pede ajuda – e não em nós, profissionais.

Desse modo, como podemos, ao reconhecer a autonomia e a integralidade desse ser, ajudá-lo a atravessar por processos difíceis, não combatendo as doenças que vierem na frente, mas acompanhando-o e levando-o a perceber que novas estratégias podem gerar diferentes resultados. Despertando maior variedade de recursos, obtendo maior capacidade de se adaptar a diferentes cenários, para mim, isso é Saúde! Por esse ângulo, surgem duas vertentes importantes a ser destacadas.

Primeira: que oportunidade incrível estamos vivendo para desenvolver novas estratégias! Segunda: estamos de fato olhando para nós mesmos e para nossa saúde neste momento, ou estamos desesperadamente buscando nos proteger do desconhecido?

Para tal pergunta, sinto afirmar que, pelo meu ponto de vista, estamos desesperadamente buscando somente nos proteger do desconhecido, sem sequer entender o problema. Mas sabemos, ou estamos atentos, às consequências que essas nossas “proteções” geram à nossa própria saúde?

Pela quantidade de medidas restritivas e a coisas tão essenciais que estamos nos privando parece que a relação custo benefício não está sendo levada em conta. Poderíamos até chamar de relação saúde-doença, onde vejo atitudes e medidas que prejudicam nossa saúde, para nos prevenir da doença... soa esquisito né? Faz algum sentido para vocês isso?

Cabe a cada um, é a ninguém mais (nem a OMS, nem o STF, nem presidente nem governador) decidir como agir. Aí entra uma decisão pessoal, particular, pensada e principalmente sentida, sem qualquer imposição seja de onde for.

Lembrando que quando estamos com medo ativamos áreas específicas em nosso cérebro (Amidala em especial), diminuindo a atividade do nosso córtex pré-frontal. Logo ele, responsável pela resolução de problemas, capacidade crítica, tomada de decisão e comportamento social. Ou seja, passamos a reagir de forma automática, involuntária, em defesa. Então, nada melhor do que tratarmos de buscar nosso porto seguro, tomando as rédeas de como queremos passar por esse momento. 

Conhecimento é poder e, mais do que isso, falta de conhecimento é falta de poder. Então, busque sim toda informação disponível, esteja presente ao recebê-la, reflita, sinta. Só o conhecimento, a capacidade crítica e a presença, serão capazes de tomarmos decisões livres. E só teremos um risco a correr, sermos responsáveis pelo nosso próprio destino...

Sartre dizia: ”Não importa o que a vida fez de você, importa o que você fez do que a vida fez de você”. Jung dizia: “Eu não sou o que me aconteceu, sou o que eu escolhi me tornar.”


Tome sua vida e se responsabilize por suas escolhas. E esse é um grande momento para isso.

Se abri com uma frase do escritor russo Dostoiévski, fecho com outro pensamento dele que gosto muito: “O segredo da existência não consiste somente em viver, mas em saber para que se vive.”

Saiba escolher, e saúde a todos!




Equipe de tradução e direção

5 Leis Biológicas Brasil

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